Até o último dia 29, foram contabilizadas 569,461 toneladas do cereal embarcas. Em 2022, durante o mesmo período, 218.358 foram exportadas pelos terminais paranaenses.
“O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado à 97.124 toneladas exportadas em em dezembro de 22021, o volume foi de 947% maior.
EMBARQUE – até o domingo (29), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira (30), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que de receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1.1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá.
MERCADO – A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro.
Necessidade de espaço para receber a nova safra de soja. a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros.
“No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil”, afirma a agrônoma. O Paraná, de acordo com ela, é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro.
Ucrânia e os Estados Unidos eram os principais exportadores de milho para a China. O país europeu teve suas exportações reduzidas em 24%, devido a menor produção e dificuldade para embarcar o produto, devido a conflito com a Russia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.
Fonte: AEN