Associação de proteína animal diz que decisão do petista deve acarretar mais custos a produtores e indústria do setor.
Ovos, carne de frango e porco deverão ficar mais caros nas prateleiras dos supermercados caso o projeto que prorroga a desoneração da folha de pagamento não for sancionada. É o que diz a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa um dos 17 setores atendidos pela medida.
Trabalhadores e empresas pressionam para que o texto seja sancionado. O fim da desoneração pode significar o risco da perda de cerca de 1 milhão de empregos.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, afirmou que o setor de alimentos de frangos, suínos e ovos é responsável por empregar mais de 4 milhões de pessoas direta e indiretamente, além de ter 500 mil trabalhadores em chão de fábricas.
“Se a desoneração não for mantida, como já existe há mais de dez anos, terá impacto direto na cadeia toda e, por consequência, no preço final dos produtos”, explicou.
O projeto de lei com a extensão da medida fiscal até 2027 foi aprovado pelo Congresso Nacional em outubro.
Conforme a medida, a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha salarial continua sendo substituída por uma contribuição com alíquota entre 1% e 4,5% da receita bruta das empresas.
SANSÃO PRESIDENCIAL
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem até o dia 23 de novembro para decidir o projeto. Tanto empresas quanto trabalhadores pressionam para que o texto seja sancionado.
“Não sancionar um projeto desses significam reonerar os setores mais empregadores e, como consequência, a perda de empregos”, afirmou o presidente da ABPA.
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