Magistrado não permitiu à defesa falar depois de perguntar se ela gostaria de se manifestar sobre decisão tomada pelo tribunal.
Em audiência realizada na última terça-feira,10, o desembargador Georgenor Filho, presidente da 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, no Pará, citou o grupo terrorista do Hamas ao perguntar a uma advogado se ele gostaria de comentar uma decisão.
“Não quer se manifestar?”, interpelou Filho, e, antes que a defesa pudesse falar. “Está bem. Assim se decide. Agora, não vai se manifestar. Antes a democracia daqui do que a do Hamas, mas, se quiser, a gente adota a do Hamas também.”
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Hamas não foi a primeira polêmica com o juiz
Também, na terça-feira,10, o juiz cousou polêmica ao comentar o não comparecimento de uma advogada à sessão, devido a mesma estar dando à luz. “Gravidez não é doença”, adquire-se por gosto”, disse Georgenor.
Após o lamentável episódio, o Conselho Nacional de Justiça abriu uma reclamação disciplinar contra o magistrado.
Ele se desculpou pela fala sobre gravidez. “Em mais de 40 anos de magistratura e com a dedicação de outros 40 anos também ao magistério superior, impossível não cometer erros, mas imprescindível reconhecê-los para podermos seguir a eterna estrada o aprendizado”, ponderou.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil-Pará lamentou o ocorrido e enfatizou que as declarações de Filho são preocupantes.
“O lamentável episódio evidencia a banalização da discriminação de gênero, inclusive no âmbito do sistema de Justiça”, constatou. “As falas do desembargador são preocupantes, ao desprezar o contexto de puerpério na atuação de uma colega mulher, desconsiderando que mulheres são maioria na advocacia no estado e no país.”
Pergunta:
Será que o desembargador em questão possui a ciência de que a referida democracia do Hamas, baseia-se em cometer assassinatos, inclusive de bebês, mulheres e toda sorte de inocentes, assim, como fez em Israel dias atrás?