Deputados cobram demissão e investigação do ministro de Lula; pedido de impeachment à vista
A pressão pela deposição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, aumentou drasticamente, nesta segunda-feira, 13, depois que o jornal O Estado de São Paulo noticiou que dois servidores da pasta receberam Luciane Barbosa Farias, mulher do líder do Comando Vermelho no Amazonas, nas dependências do MJ, por duas vezes.
Luciane teria participado de quatro reuniões com assessores de Dino em 19 de março e 2 de maio. Em março, ela teria se reunido com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flavio Dino; e em maio, com Rafael Velasco Brandani, titular na Secretaria de Políticas Penais. O nome de Luciane não consta da agenda do Ministério da Justiça, mas a pasta confirmou a presença dela nas reuniões.
Os deputados federais Kin Kataguiri (União Brasil-SP) e Filipe Barros (PL-SP) anunciaram que estão ingressando com o pedido de impeachment do ministro da Justiça. Apesar de Dino não ter ido ao encontro entre os membros do ministério e Luciane, os deputados acreditam que o ministro cometeu “grave violação ao princípio republicano e ao mandamento constitucional da moralidade no exercício da administração pública”.
Conforme Barros, o ministro “atentou contra a segurança interna do país”. “Isso é causa de expressa lei para impeachment de ministro”.
Já Kataguiri, pediu a deposição de Dino por crime de responsabilidade, o ministro usou “poderes inerentes ao cargo com o propósito de garantir interlocução com o crime organizado, especificamente, o Comando Vermelho”.
Barros e Kataguiri informaram que vão abrir seus respectivos pedidos para outros deputados assinarem.
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