Crimes do passado só foram confessados após a assassina saber que a delegada tinha em mãos, prontuários médicos comprovando gestações em 2016 e 2013.
O trágico caso da moradora de Araruna, de 41 anos, presa na segunda-feira, 11, por matar o próprio filho, um bebê recém-nascido, ganha ainda mais contornos de filme de terror.
Em entrevista coletiva à imprensa, nesta quinta-feira, 14, a delegada da comarca de Peabiru, Karoliny Neves Marques, declarou que a mulher confessou ter matado outros dois filhos logo depois do nascimento, em 2013 e em 2013. Segundo a delegada, a acusada contou que, assim como ocorreu nesta semana, nas outras duas ocasiões, ela também havia escondido a gravidez, durante os nove meses, do companheiro que, na época, era outro homem – os crimes teriam ocorrido em Cianorte.
Mãe de um casal de filhos, de 17 e 19 anos, a homicida conseguiu enganar a todos, inclusive o atual companheiro, que segundo a delegada, não tem nenhum envolvimento no caso. “Pelo que familiares relatam, ele tinha todo desejo ter um filho e construir uma família com ela (os dois adolescentes são enteados dele)”, relatou a delgada.
A delegada disse ainda que, as investigações continuam para identificar se a mulher chegou a ter outras gestações. Sobre ter ocultado a gravidez, a delegada informou que as cinco gestações da investigada foram imperceptíveis.
“Ela contou que a primeira gravidez só foi descoberta na hora do parto, enquanto a segunda, ela mesmo informou aos familiares. Os outros três que ela confessa ter matado após o parto, ela afirma que agiu naturalmente, e que ninguém reparou a diferença em seu corpo”, disse a delegada.
No último dia 8, a mulher colocou o filho recém-nascido em sacolas plásticas, o deixou em uma lata de lixo, em um cômodo nos fundos da casa, para morrer – o caso veio à tona na segunda-feira, 11, depois que uma equipe da Secretaria de Saúde do município foi até sua casa para ver como a criança estava.
Ao ser pressionada, a mãe acabou confessando o crime. A Polícia Militar e o Conselho Tutelar foram acionados e ela foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil de Campo Mourão.
Foto: Reprodução – Fonte: PC/PR