A Polícia Federal alega que o ministro das Comunicações do governo Lula (PT), Juscelino Filho (União-MA), tem relação criminosa estabelecida com o proprietário de uma empreiteira investigada por suspeita de desvios em contratos da Codevasf, uma estatal, federal entregue ao centrão.
A suspeita da PF se baseia em conversas obtidas no celular do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, e foram relatadas ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Após reportagem da Folha, publicada em maio do ano passado, a PF ampliou as investigações sobre a atuação da Construservice em contratos da Codevasf.
Na época, foi revelado que a empreiteira chegou a figurar como vice-líder em licitações da Codevasf e usou laranjas para participar de concorrências durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O verdadeiro dono da empreiteira, localizada em Codó (MA), é Eduardo DP.
A assessoria do ministro afirmam que não há irregularidades nas obras e que qualquer suspeita de benefício de Juscelino por meio de emendas é uma “ilação absurda”.
Mensagens analisadas no inquérito, segundo os investigadores, corroboram a “atuação criminosa de Juscelino Filho” e evidenciam “sua função na Orcrim (Organização Criminosa) era conhecida por todos os membros” do suposto grupo liderado por Eduardo DP.
“É claro o pacto criminoso entre Juscelino Filho e Eduardo DP”, diz um trecho de um relatório da PF.
As mensagens que dão embasamento as conclusões da polícia foram encontradas após a apreensão do celular de Eduardo DP, em julho de 2022, durante a primeira fase da operação Odoacro.
Fotos: Reproduções – Fonte: JCO