General do Exército do Comando do Sul diz à Band News, que mais de 40 helicópteros de resgate voam sobre a tragédia, mas apenas cerca de dez deles possuem capacidade de voarem à noite.
Se a situação da população do Rio Grande do Sul já não estava nada boa, agora, 13 dias após o início dessa tragédia climática, ela parece caminhar rumo a algo ainda muito pior. Com a previsão da chegada de uma frente fria e com as temperaturas caindo e chegando próxima dos 3ºC em alguns locais, aliado às chuvas que voltaram a cair sobre o estado gaúcho, inclusive com registros de tornados, desmoronamento, rios voltando a subir, enchentes, o cenário se mostra cada mais difícil para aqueles que ali estão, seja salvando, seja sendo salvo, ou esperando por ajuda.
Fotos da tragédia que atinge o Rio Grande do Sul – Reprodução
Em meio ao mar de lama, escombros e água, o que se vê é um exército de voluntários do próprio Rio Grande do Sul e de vários outros lugares do Brasil trabalhando sem parar. São pessoas civis, que desesperadas e valentemente tentam ajudar no resgate de pessoas ilhadas, gente que perdeu tudo, que não têm água para beber, comida para comer e que não têm mais para onde voltar. Sem falar que ainda existem locais no interior, onde os moradores há dias estão totalmente isolados, onde pontes foram arrastadas pelas águas da chuva, e que deixam estas pessoas de mãos e pés atados.
Forças de segurança da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros Militares, Defesa Civil, agentes de saúde, médicos, veterinários e outros profissionais do próprio Rio Grande do Sul e de outros estados ali estão. A luta destes bravos homens e mulheres estão fazendo com que o pior talvez ainda não tenha acontecido, afinal, se estes não estivesse arregaçando as mangas e desde o início desta tragédia lutando para salvar a população gaúcha atingida pelas chuvas, provavelmente o que estaríamos vendo seria, sim, aquilo que lá atrás ouvíamos alguém dizer, acusar, chamar descabidamente alguém de genocida. Genocídio mesmo seria se todos estes e tantos outros heróis citados anteriormente não estivessem ali.
Agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e militares do Exército Brasileiro também estão ali, e do mesmo modo e com o mesmo afinco, com certeza estão lutando para salvar o povo gaúcho. No entanto, a pergunta que não quer calar é: Onde está o aparato e a capacidade do Brasil, por meio do governo federal, para superar uma crise como esta?
Diante do que disse o general Zucco, do Comando Sul do Exército Brasileiro. O Rio Grande do Sul é um estado maior que muitos países europeus e, apenas 40 helicópteros ou mais fazem o trabalho necessários, sendo que, destes, cerca de apenas dez deles são capacitados para voarem e fazer resgate noturno, em uma tragédia desse porte e com tantas vítimas?
Se esta é a capacidade do governo federal diante de uma tragédia. O melhor a fazer talvez seria repensar melhor onde aplicar o dinheiro do povo, pago por meio de impostos. E evite entrar em guerra. Afinal, arrancar guanxuma e pintar meio fio não está entre as necessidades impostas por guerras e tragédias, como esta que assola o povo do Rio Grande do Sul.
Segundo o próprio General Zucco, que se desdobra com seus comandados para salvar vidas e amenizar os problemas enfrentados pela população atingida pela tragédia. Cerca de 17 mil a 17.500 militares do Exército Brasileiro atuam hoje no Rio Grande do Sul. Um número relativamente pequeno, diante de tamanha tragédia e do número de militares na ativa do EB. Segundo publicado pela revista Veja, em 9 de dezembro de 2023, as Forças Armadas fecharia aquele ano com o efetivo de 360 mil militares.
Fotos: Reprodução