Ao vivo, a emissora mostrou o posicionamento dos atiradores de elite que estavam em diferentes pontos na ponte Rio-Niterói esperando o atirador sair do ônibus.
Esta não é a primeira vez que a televisão interfere de forma prejudicial no trabalho da Polícia. Em 2000, o caso do sequestro do ônibus 174, e no assassinato da jovem Eloá, em 2008, conturbou o trabalho de inteligência.
Diante desse novo incidente, houve uma repreensão pública por parte do porta-voz da Polícia Militar, o qual alertou sobre o impacto negativo da cobertura na operação policial em curso.
O coronel Marcos Andrade demonstrou preocupação ao vivo e solicitou que cessassem as transmissões das imagens do ônibus sequestrado, já que elas estavam comprometendo as negociações policiais.
“Vocês estão registrando a movimentação da tropa”, criticou o coronel, referindo-se à transmissão que poderia estar fornecendo informações importantes ao sequestrado.
A Record também fez transmissão semelhante, o que demonstra uma verdadeira ‘guerra’ por audiência.
No sequestro na Rodoviária Novo Rio, Paulo Sérgio de Lima assumiu o controle do ônibus com destino a Juiz de Fora, em Minas Gerais, e fez 17 pessoas reféns. Após três horas de tensas negociações com a polícia, o sequestrador se rendeu.
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