Ele havia sido internado no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, mas não resistiu aos ferimentos.
O homem que ateou fogo no próprio corpo, morreu na madrugada desta quinta-feira (2). Ele protestava contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação teria ocorrido na terça-feira (31), no gramado do canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. De acordo com relatos de testemunhas à Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), o manifestante teria gritado “morte ao Xandão”.
A PM-DF encontrou panfletos nos pertences do homem, incluindo imagens de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, e dos alemães Claus von Stauffenber e Johann Georg Elser, conhecidos por tentarem assassinar Adolf Hitler. As imagens estavam rabiscadas com a frase “Perdeu, mané”. usada pelo ministro Luiz Roberto Barroso ao ser interpelado em Nova York por um cidadão brasileiro.
Ainda, segundo a Polícia Militar, a corporação foi acionada às 16h30 de terça-feira. O homem foi levado às pressas para o Hospital Regional da Asa Norte, referência no atendimento de pacientes com queimaduras. Contudo, não resistiu aos ferimentos.
FATO VERÍDICO
Em dezembro de 2010, um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação conta as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que o levaria à própria morte, acabaria culminando no que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe- Um movimento que se caracteriza na luta pela democracia e por melhores condições de vida decorrentes da crise econômica, desemprego e falta de liberdade de expressão.
OPINIÃO:
O momento é de resiliência, sabedoria e fé. Atos extremos, normalmente trazem consequências desagradáveis, além de não surtirem nenhum efeito positivo. Soldado que fica de pé em meio ao fogo cruzado, normalmente é abatido pelo “inimigo.”
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