Com posicionamento de extrema-esquerda, ministro encaminha ofício ao Ministério da Justiça contra atos que ele considera “fake news” em relação à tragédia gaúcha.
Criticada e motivo de desapontamento até de personalidades que apoiam a esquerda, a atuação do governo Lula diante da tragédia que as fortes chuvas provocaram em quase todo o estado do Rio Grande do Sul, aos olhos de um de seus ministros, Paulo Pimenta, conhecido por seus posicionamentos de extrema-esquerda, ganhou um novo capítulo esta semana.
Entre eles, um texto meu que na verdade é uma análise da crise moral que o Brasil atravessa
Paulo Pimenta, o ministro da Secom, encaminhou um ofício ao Ministério da Justiça pedindo “providências” contra posts considerados “fake news” relacionados à tragédia no Rio Grande do Sul.
Segundo diz o ministro petista, eu estaria produzindo “fake news” porque afirmei que nove pessoas haviam morrido por conta da demora na evacuação de uma UTI em Canoas.
Só há um problema: Quem deu a informação sobre as nove mortes foi o prefeito da cidade em conversa com o próprio Pimenta, que foi divulgada nas redes sociais. Inclusive, nessa conversa, fica evidente a pífia resposta do governo à tragédia no Rio Grande do Sul.
No fim do dia, o prefeito foi às redes sociais e disse que havia se enganado, e que, na verdade, foram duas mortes. Ora, se alguém criou uma “fake news” foi o próprio prefeito, mas mesmo que não tenham sido nove mortes e sim duas, a crítica segue válida: a resposta à crise foi caótica.
Como disse uma enfermeira de Canoas, “quem está salvando o povo é o próprio povo”.
Hoje mesmo, recebi dezenas de relatos de assaltos e saques na Grande Porto Alegre, conversando com pessoas que estão na região, em meio aos esforços voluntários para levar ajuda às dezenas de milhares de vítimas da enchente.
Parece que o governo federal está muito mais preocupado em reprimir críticas do que em levar para o Rio Grande do Sul a ajuda necessária, especialmente no aumento do efetivo militar para oferecer segurança mínima aos gaúchos, que seguem à mercê da bandidagem.
Hoje, uma comitiva de parlamentares, jornalistas e influenciadores esteve no Congresso americano para denunciar a onda de repressão política em curso no Brasil.
A hipocrisia é gritante: entusiastas de regimes totalitários, como o cubano e venezuelano, acusam seus opositores de buscarem instalar uma ditadura, enquanto censuram e perseguem seus críticos e opositores.
O brasileiro, acossado por desastres de um lado e bandidos de outro, perdeu até mesmo o direito de reclamar da ausência do Estado e de cobrar algum retorno pelos trilhões em impostos que é obrigado a pagar. Pelo jeito, a eficiência do Estado fica apenas na repressão, como acontece em qualquer regime autoritário. Leandro Ruschel
Fotos: Reprodução – Vídeo: Jornal A Razão – Fonte: JCO