O hacker é o mesmo que dias atrás, durante depoimento à CPMI chamou Moro de Bandido e tentou incriminar Bolsonaro o acusando sem provas.
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, condenou nesta segunda-feira (21), o hacker Walter Delgatti.
Além dele, mais seis investigados durante a Operação Spoofing, deflagrada em 2019 para investigar as invasões de contas do Telegram que levaram à ‘Vaza-Jato’, também foram condenados.
Delgatti agora amarga uma pena superior a 20 anos pelo cometimento de vários crimes a ele atribuídos.
A informação é da Veja.
Delgatti foi condenado por crime de organização criminosa, lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, por invadir dispositivo informático de uso alheio com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou instalar vulnerabilidade para obter vantagem ilícita. Também foi condenado por crime de realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial.
Ainda, segundo a Veja, a investigação teve início para apurar clonagem do então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, assim como, identificar os autores do passível invasão realizada na conta do aplicativo de comunicação Telegram de seu terminal móvel. Ainda no início das investigações, a Polícia Federal já verificou outras invasões de terminais celulares de diversas autoridades públicas.
“Em laudo iniciais, os peritos apontaram que, por meio de duas contas bancárias na empresa de telefonia de voz sobre IP que serviu de plataforma para os ataques, foram realizadas 6.616 ligações em que o número de origem era igual de destino, característica principal dos ataques, indicando que ao menos 979 números de vítimas diferentes teria sido visados pelo grupo”, diz o juiz.
“Posteriormente foram identificadas outras contas na empresa BRVOZ que também foram utilizadas pelo grupo criminoso, incluindo-se que o número de alvos dos ataques chegou a mais de 3.000 pessoas”, afirmou o magistrado.
Foto: AB