Profissional registrou boletim de ocorrência, e denúncia foi encaminhada para a procuradoria da UEL
Um médico residente é suspeito de chutar a perna de uma enfermeira dentro do centro cirúrgico do HU (Hospital Universitário) de Londrina, no norte do Paraná. O caso teria acontecido no final da tarde da última sexta-feira (3). A profissional registrou BO (Boletim de Ocorrência) e encaminhou o caso para a ouvidoria do hospital, que repassou a denúncia para a procuradores da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
Em nota, segundo a instituição, “as medidas iniciais foram imediatamente realizadas pela direção”. O regimento interno determina que a procuradoria analise este tipo de denúncia, com possibilidade de abertura de uma comissão processante contra o médico residente. Ainda, de acordo com a nota, a comissão pode resultar num processo administrativo disciplinar, que tem entre as possíveis consequências a suspensão do suspeito de três meses ou até a demissão.
Uma reunião entre a diretoria Clínica da unidade e o chefe médico preceptor de urologia, para a apuração dos fatos, teria sido realizada após o ocorrido. O HU ainda afirmou que “repudia qualquer tipo de ato de violência e já realizou as medidas necessárias para ampla manifestação dos envolvidos, conforme determina o rito institucional administrativo da UEL (Universidade Estadual de Londrina).
De acordo com o presidente da Assuel (Sindicato dos Técnicos Administrativos da UEL), a entidade colocou a assessoria jurídica da da entidade à disposição da vitima. “Conversamos com a direção do HU, que nos foi aberta uma sindicância para apurar os fatos e os envolvidos tem 48h para se manifestar. A direção do hospital não quis passar o contato da vítima, mas nos colocamos à disposição para colaborar”, afirmou Marcos Seabra.
O sindicalista ainda ressaltou que a atitude da enfermeira, que não se calou, reforça a luta contra a violência as mulheres. “É lamentável que isso ocorra num ambiente de trabalho. Mostra que a agressão contra a mulher está em toda a classe social e em todo nível cultural. É importante registrar o boletim de ocorrência para que tudo seja investigado e esse tipo de comportamento inibido”.
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Fonte: FL