Além do possível risco à segurança nacional, o alto custo ainda será financiados pelo Brasil, revela senador.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou grande preocupação com a instalação do Centro de Cooperação Polícia Internacional em Manaus, cujo, o objetivo seria o combate a crimes ambientais e o narcotráfico na Amazônia.
Policiais de ao menos oito países da região amazônica viriam para o Brasil, teriam poder de polícia e ainda, seriam custeados, com toda as despesas da operação, sendo pagas pelo governo brasileiro.
“Deve-se considerar que, para ser eficiente, a operação extremamente cara não apenas para mobilizar quadros qualificados, mas também porque precisará fazer uso de tecnologia sofisticada e avançada, o que significá gastos elevados.
Acresça-se a isso que, por definição, as ações desse centro se estenderão aos territórios das oito nações limítrofes, o que significará também frequentes investigações restritas a éreas fora da Faixa de Fronteira com o Brasil, inexistindo aí qualquer razão para que os custos sejam impostos somente ao Brasil, declarou.
Plínio ressaltou ainda que o centro também poderá receber policiais dos Estados Unidos e Europa.
Ele fez um alerta sobre a criação de uma estrutura de caráter multinacional que representa a introdução de outros países em território nacional, o que pode representar interferência e colocar em risco a segurança nacional.
“Na origem disso tudo, está uma negociação internacional. Embora a criação do centro se inspire na ação de polícia brasileira e em eventos esportivos realizados no país, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, e decisão de implementá-lo decorre de compromissos firmados com países que participam da Cúpula da Amazônia, em Belém.
É bom um convênio internacional, mas eles virão para dentro da Amazônia, vão morar aqui dentro, com poder de polícia dado por nós. Se isso não for interferência, não sei mais o que será. Não estou me opondo às relações institucionais. Estou me opondo a carta branca que é dada”, alertou.
Defesa Aérea e Naval – Fonte: JCO