Nesta época do ano surgem na costa paranaense os cardumes do peixe e movimentam diversos eventos gastronômicos na região.
O período de maio a julho tem um significado especial para as populações caiçaras do Litoral do estado. Os peixes aparecem em abundância e a captura artesanal é autorizada neste período. Um ritual onde os pescadores e suas famílias passam a viver em acampamentos à beira do mar durante o aparecimento da espécie.
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Para avistar os cardumes é preciso haver condições climáticas ideais, com vento sul e baixa temperatura, o que faz com que as tainhas se juntem à beira do mar. Os chamados vigias permanecem de olho na coloração da água desde que o sol nasce e, assim que percebem uma mancha preta alertam aos demais pescadores, que imediatamente partem para o mar.
Como faziam seus ancestrais, eles utilizam o método artesanal de pesca chamada “lanço”, no qual são utilizadas canoas sem motor, à base de remo. Enquanto isso, as mulheres cuidam da limpeza e defumação dos peixes, além da venda.
Os caiçaras consomem e comercializam a tainha preparada de várias maneiras – assada, frita, cozida, defumada e recheada -, o que ajudou a expandir a programação de festas em várias cidades, tendo a gastronomia regional como foco, uma forma de movimentar a economia.
“É um período de movimento no turismo no Litoral, mesmo no inverno, garantindo o sustento das famílias que vivem da tradição da pesca da tainha, gerando emprego e renda para a população. É emprego para o pescador, para quem limpa peixe, para quem vende, para quem prepara, para quem serve, enfim, um leque de oportunidades”, destaca o secretário do Turismo do Paraná, Marcio Nunes.
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