Texto afirma que político tem interesse na indicação para o Superior Tribunal Federal.
Editorial publicado nesta terça-feira, 19, pelo jornal O Estado de S. Paulo (Estadão) nitidamente sugere que Dino “rebaixa” não só o cargo que exerce, como também o próprio ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Para tanto, a empresa de comunicação cita as recentes falas relacionadas ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Segundo o texto, em vez de fazer jus à função que ocupa, Dino se preocupou em bajular, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Como ministro da Justiça, portanto encarregado da defesa da ordem jurídica e das garantias constitucionais, o Sr. Dino decerto sabe que o Brasil inscreveu sua adesão ao TPI na Constituição, e pelas mais nobres razões”, afirma o Estadão.
“Na condição de assessor privilegiado de Lula para temas relacionados à Justiça, era seu dever informar o presidente que estava equivocado ao defender que o Brasil deixasse o TPI porque este, segundo o raciocínio torto do petista, está ‘desbalanceado’, já que há países que não o integram.”
Tal crítica direcionada a Dino acontece depois de lula afirmar que o Brasil poderia deixar de integrar o TPI. Ao invés de ressaltar a presença do país no tribunal, Dino deu sinais de que poderia adotar medidas para o país deixar a corte internacional.
De acordo com o que sugere a equipe do Estadão, a postura de bajular -termo do jornal- de Dino poderia ter explicação no fato de sua intenção em deixar o cargo de ministro da Justiça para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a publicação, Dino se apresenta como candidato à vaga do STF.
https://www.estadao.com.br/opiniao/bajulando-o-chefe/
Fotos: Reprodução – Fonte: RO