A Philips, empresa que já foi uma das maiores do mundo, na área de tecnologia e eletrônicos, anunciou, nesta segunda-feira (30), a demissão de 6 mil funcionários.
Esse drástico número de demissões, e contenção de custos, veio após uma perda quase que irreparável de 70% do valor de mercado da empresa, depois que foram constatados problemas em aparelhos respiratórios vendidos pela companhia.
Milhares de lotes de aparelhos que regulavam a apneia do sono, foram fabricados com uma espuma tóxica, causando danos à saúde dos clientes. Os equipamentos foram devolvidos ou retirados do mercados.
Esse erro fatal, custou caro ao financeiro da Philips, cuja crise interna já se arrastava há mais de uma década. Em 2012, a empresa chegou a soltar um comunicado em que explicava a situação do grupo que, na ocasião fazia um corte de 2022 colaboradores. Mas, um ano antes, em 2011, ele já teria encerrado 4.500 postos de trabalho. Na época, o diretor-executivo da companhia, Frans Van Houten, admitiu que a firma enfrentava dificuldades cada vez maiores em virtude da crise e de um cenário econômico sempre incerto.
Durante muito tempo, a Philips foi especializada na produção de televisores, e eletrodomésticos, mas, nos últimos anos, decidiu investir na produção de iluminação e equipamentos médicos, como scanner de ressonância magnética, entre outros, e foi ai que os problemas se agravaram.
Agora, a meta da corporação holandesa é demitir 3 mil funcionários ainda este ano, e outros 3 mil até 2025.
Somados aos 4 mil dispensados em outubro do ano passado, estima-se que a Philips já tenha demitido 13% de seu efetivo.
Os resultados do 4° trimestre de 2022 apontam para um prejuízo líquido de 105 milhões de Euros,o equivalente a mais de R$ 581 milhões. Mas, se forem analisados os dados do ano, a gigante holandesa perdeu 1,6 bilhões de Euros.
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Fonte: JCO