Os maiores compradores foram China, Emirados Árabes Unidos e Japão, que juntos somaram US$ 1.384 bilhão em compras do produto paranaense.
A carne de frango in natura ganhou destaque entre os produtos mais exportados na balança comercial paranaense de 2022. O produto teve alta de 31,72% nas exportações (de US$ 2,7 bilhões para US$ 3,6 bilhões), ultrapassando a soja em grão, que costumava liderar a lista, mas no ano passado registrou uma queda devido à perda de safra por conta da forte estiagem que assolou o Estado em 2021. A participação de aves no comércio internacional aumentou de 14,5% para 16,5%.
Os maiores compradores de carne de frango in natura foram China (US$ 776 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 334 milhões) e Japão (US$ 274 milhões).
Os dados constam em um levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), construído a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
Para o Secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o aumento na busca dos países pela carne de frango in natura se deu por uma série de fatores externos, entre eles, a guerra na Ucrânia e a inflação interna. Entretanto, ele destaca que a procura ocorreu também por conta da qualidade do produto, que ganha cada vez mais mercado.
“Temos uma vantagem competitiva e comparativa, tecnologia, milho, soja em abundância e empresas verticais. Temos qualidade reconhecida, tanto in natura como processado, além da sanidade reconhecida. São vários atributos que nos conferem uma presença importante no mercado externo, levando a carne paranaense para todo o mundo”, ressaltou.
Segundo ele, a previsão é que em 2023 o setor continue em expansão, impulsionando principalmente pelo grande volume de investimentos na indústria agropecuária. “Nos próximos 12 meses, algumas plantas que estavam paradas vão começar a operar, e também serão feitos ajustes de abates por parte de algumas empresas. Ainda haverá crescimento da produção e da exportação, a expectativa é muito positiva. O mundo precisa da nossa comida e vamos continuar exportando”. completou Ortigara.
Fonte: Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes)