Depois de ter prendido o guerrilheiro argentino, ele foi agraciado com o título de herói do congresso boliviano
Morreu neste sábado (6), aos 64 anos, na Bolívia, o general Gary Prado Salmón, conhecido mundialmente como o homem que capturou o guerrilheiro Che Guevara. Ele vinha enfrentando problemas de saúde e estava internado desde de abril.
Quem confirmou a morte, por meio das redes sociais foi Cary Prado, filho do militar. “O Senhor acaba de chamar meu pai, o general Gary Augusto Prado Salmón, para seu Reino”, escreveu o filho. Ele partiu acompanhado da esposa e dos filhos, nos deixa um legado de amor, honestidade e coragem, foi uma pessoa extraordinária. Obrigado a quem nos apoiou neste momento de agonia. Deus o abençoe.
Foi o general Salmón quem comandou a patrulha que capturou o guerrilheiro argentino na região sudoeste da Bolívia, em outubro de 1967. No dia seguinte, o exército boliviano recebeu a ordem de executar Che Guevara.
Durante o mesmo ano, o Congresso boliviano nomeou Salmón herói nacional, como informado pela revista Exame. Na época, o governo militar da Bolívia, comandado pelo então general René Barrientos, considerou a implantação da guerrilha um ato de invasão estrangeira.
Para que fosse possível formar a guerrilha em território boliviano, Che Guevara contou com o apoio da ditadura cubana que ele ajudou a implantar, no fim da década de 1950. Como missão, a guerrilha teria que executar a derrubada do governo local para colocar em prática um regime similar ao cubano no país.
Durante uma entrevista concedida à revista Crusoé, Salmón disse que viu um homem acabado e desmoralizado, quando capturou Che Guevara. Ele ainda declarou que sentiu pena e lástima quando ficou frente a frente com o guerrilheiro.
Fotos: Redes Sociais/Gary Prado Salmón