Villavicencio fez campanha contra a corrupção acusando o ex-presidente Rafael Correa e o grupo dele de ter recebido dinheiro da Odebrecht
Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, foi assassinado com três tiros na cabeça, na noite desta quarta-feira (9), em Quito, no Equador. A eleição será daqui a dez dias.
Segundo a imprensa local, o assassinato ocorreu por volta das 18h20. No momento desta edição ainda não haviam informações sobre o número oficial de feridos no atentado, no entanto, os responsáveis pela campanha de Fernando afirmaram que pelo menos oito pessoas foram atingidas por disparos.
Villacencio concorria com a candidata Luiza Gonsález, que faz parte do grupo de Rafael Correa, que foi condenado por corrupção, supostamente por ter recebido dinheiro do Odebrecht.
O ataque ocorreu no momento em que Villacencio saia de um comício na capital equatoriana. Vídeos que estão circulando em redes sociais mostram o momento em que o candidato sofre os tiros.
Villacencio tinha 59 anos e era jornalista de profissão. Foi deputado federal entre 2021 e 2023. Durante as eleições deste ano, assumiu um discurso contrário ao narcotráfico – um dos graves problemas daquele país.
No Equador, somente em 2023, o narcotráfico é responsável pela morte de um prefeito e um deputado nas eleições deste ano. Outros políticos em campanha já relaram ter sofrido ameaças de morte. Villacencio era um dos principais alvos do narcotráfico.