A pedido do MPPR, o Judiciário determinou o bloqueio das pessoas investigadas por desvio de recursos públicos da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família de Centenário do Sul.
A pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), o judiciário determinou o bloqueio de bens de oito pessoas investigadas suspeitas de desviarem recursos públicos da Associação de Proteção à Maternidade, Infância e Família (APMIF) – entidade privada contratada pelo município de Centenário do Sul, na região Norte Central do Paraná, visando ofertar edução infantil.
Segundo a Promotoria de Justiça de Centenário do Sul, os ilícitos foram apurados a partir da Operação Hera, deflagrada em junho de 2022, em conjunto com a Polícia Civil. A liminar que impôs o bloqueio de bens foi expedida na última quarta-feira, 27.
Conforme as apurações da Promotoria de Justiça de Centenário do Sul, os recursos teriam sido desviados entre os anos de 2018 e 2021 a partir de transferências bancárias feitas diretamente para as contas dos investigados. Ao todo, onze pessoas foram investigadas e requeridas judicialmente pelo MPPR pelos desvios apurados na Associação.
DEVOLUÇÃO – três dos requeridos concordaram em celebrar acordo de não persecução civil com a Promotoria de Justiça para a devolução dos recursos recebidos indevidamente – dois funcionários da APMIF, incluindo a presidente da entidade, e um vereador que também é servidor público municipal. Eles teriam se apropriado indevidamente das quantias de R$ 376,8 mil, $ 55,8 mil e R$ 44,5 mil, em valores corrigidos. Até o momento, já devolveram R$ 220 mil ao erário. Os demais oito investigados, que não concordaram em assinar a composição, foram agora citados em ação civil por ato de improbidade administrativa e tiveram os bens bloqueados, em limites que variam de R$ 38 mil a R$ 1,4 milhão, de acordo com a participação de cada um.
A APMIF atua com serviços de assistência à maternidade e à infância, é custeada integralmente por recursos públicos (verba municipal). Os desvios de valores eram feitos a partir de pagamentos executados pela entidade a beneficiários indevidos, articulados pelos denunciados.
A Promotoria de Justiça de Centenário do Sul, unidade do MPPR que está à frente das investigações relacionadas ao caso, também denunciou criminalmente os envolvidos, obtendo a condenação dos mesmos pelos crimes de peculato e associação criminosa.
Foto: Ilustração -Fonte: MPPR