Alegação foi a mesma usada em anulações de sentenças contra Lula.
Sérgio Cabral, réu confesso e condenado há mais de 390 anos de prisão, teve sua sentença anulada pelo juiz Eduardo Fernando Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, o juiz é o novo responsável pelos processos que foram instaurados a partir das investigações da Operação Lava Jato. E sua alegação, o novo responsável pelo caso fez uso do mesmo quesito utilizado nas anulação de sentenças que tiraram Luiz Inácio Lula da Silva da cadeia; “a falta de imparcialidade do então juiz, Sérgio Moro”.
De acordo com a matéria da CNN Brasil, a decisão afirma que Cabral não teve garantia do devido processo legal e menciona as conversas vazadas entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, que teria se unido para atuar contra o acusado.
Em texto, a emissora esclarece que para o “juiz que assumiu todos os processos da Lava Jato em Curitiba, Eduardo Appio, este cenário demonstra que o juízo não tinha imparcialidade necessária para conduzir o caso”.
“O então juiz federal Sergio Moro e o então Procurador da República, Deltan Dallagnol ( hoje, deputado federal pelo Podemos) trocam mensagens secretas via Telegram, demonstram, de forma absolutamente segura e irredutível, que existem indícios mais do que suficientes de cumplicidade entre estes dois agentes do Estado brasileiro, em desfavor de um acusado em processo criminal”, diz o documento.
Procurada, a defesa do atual senador, Sergio Moro, emitiu nota em que esclarece que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmou a condenação de Sergio Cabral por corrupção em processos criminais.
Foto: Reprodução/Agência Brasil
