Presidente que mais falou com o povo na história do Brasil, usa o silêncio e faz com que, cada vez mais, cresça a confiança e a esperança de manifestantes que seguem firmes, aumentando o volume dos gritos por liberdade, e acreditando em uma tomada de ação por parte daquele que os ensinou a ir às ruas.
O tempo está passando rápido, mesmo que a cada dia que se vai represente a proximidade do “eleito” Lula subir a rampa. Para os manifestantes de verde e amarelo, os quais seguem reunidos em rodovias, ruas e em frente aos QGs do Exército Brasil afora. O relógio parece não andar, afinal, Já são 29 dias de luta, de noites sem dormir direito, de alimentação precária, de sol, chuva, frio e calor.
A cada uma das poucas aparições de Bolsonaro, a cada gesto, uma nova esperança paira sobre a mente de cada um deles. Muitas vezes, esperanças criadas através de posts em aplicativos de redes sociais, ou de canais que buscam ganhar cada vez mais likes e inscritos, mesmo que para isso, tenham que divulgar análises e teorias mirabolantes e fantasias sem nenhuma base concreta. Tudo é uma incógnita, tudo é especulação, nada é descartado, nem a favor, nem contra.
Mas até quando o presidente permanecerá em silêncio? Esta é a pergunta de um milhão de Dólares.
Poque então, estaria o antes comunicativo “mito”, agora em uma quase clausura verbal? Tática, estratégia, prudência, ou medo, já que motivos para isso não faltam.
Se for “usar a caneta”, isso confirmará a aposta de todos. Se estiver esperando acabar seu mandato, para que seu vice passe a faixa ao petista, o medo terá sido confirmado. Mas não para aqueles que se encontram diuturnamente na batalha das manifestações, gritando SOS FFAA. Estes não aceitarão que ele assim proceda, e é esse que talvez seja o seu o seu pavor. Várias vezes ele deu o “sinal”, e o povo foi às ruas. Esse povo está saturado, está cansado, porém, está confiando em uma ação por parte daquele que o liderou. Não será agora que eles aceitarão a troca de comando.
As lutas, em quase toda sua totalidade estão pacíficas, porém, além do perfil característico da direita brasileira, estes ainda depositam suas fichas em seu presidente, o qual fez um pedido explícito para que assim fossem mantidas as manifestações. Resta saber se caso esse silêncio permaneça até o “fim”. Isso não será transformado em um combustível altamente inflamável e perigoso, dando início a novas batalhas. Desta vez, não apenas com o sentimento de terem que aceitar Lula como presidente, de lutar segundo eles, contra o comunismo, mas também, da revolta por se sentirem abandonados por aqueles, por quem nutrem respeito, admiração e confiança; Bolsonaro e as FFAA.
Os dias darão as respostas sobre esse silêncio.