Assim como o próprio Jair Bolsonaro (PL) e vários outros já fizeram, o candidato à frente nas pesquisas de intenções de voto na Cidade Morada Amiga faz valer o direito de não participar do que muitos dizem ser “uma arapuca”.
O debate entre os candidatos a prefeito de Assis Chateaubriand Marcel Micheletto (PL) e Vitinho Pestana (PP), não mais irá ocorrer na noite desta quinta-feira, 26. A informação foi confirmada por meio de uma entrevista coletiva concedida pelo presidente do Observatório Social de Assis Chateaubriand, José Roberto Sozza Junior, na sede da ACIAC em Assis Chateaubriand, nesta quinta-feira.
Conforme informou Sozza, a instituição foi comunicada pela assessoria de Marcel Micheletto sobre a não presença do candidato no debate, que estava prevista para as 19 horas de hoje.
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DECISÃO DE NÃO PARTICIPAR DE DEBATE É MAIS COMUM DO QUE POSSA PARECER.
A decisão desse ou aquele candidato postulante a algum cargo político como prefeito, governador e até mesmo presidente da República é algo que, além de normal, faz parte da estratégia e do jogo político. Durante a corrida eleitoral, é normal que, ao afunilar e entrar na reta final de uma campanha, todos, ou pelos menos aqueles mais antenados, que contam com uma equipe de profissionais imbuídos e comprometidos a levantar toda e qualquer informação do desenrolar do jogo, tenham em mãos todos os dados que lhe darão suporte e sustentação para que importantes decisões sejam tomadas; uma delas é a não presença em algum debate.
Aquela parte considerada indecisa, que ainda não escolheu em quem votar, pode, por conta de um debate, decidir ir para um lado ou o outro. Aí entra as informações de extrema relevância e que, em posse da equipe de apoio ao candidato que lidera as pesquisas, pode se tornar uma “bússola”, a qual dará a direção a ser seguida, entre elas, até mesmo a não participação em um debate, principalmente se a porcentagem de indecisos não for capaz de mudar o resultado final de uma eleição.
MAS, POR QUE NÃO PARTICIPAR DE UM DEBATE TÃO AGUARDADO?
Políticos, tanto de âmbito federal, estadual ou mesmo municipal já se valeram desta artimanha para se livrarem de possíveis “arapucas”. Em todo debate existem regras, no entanto, na maioria das vezes, muitas delas não são respeitadas e, normalmente quem as infringem são aqueles que se encontram atrás nas pesquisas. Mesmo tendo suas pautas voltadas à transparência, à lisura, e na apresentação de propostas, nem sempre os debates são fidedignos às propostas e em alto nível. Quem lidera as pesquisas, normalmente quer que o andamento seja de forma ética e respeitosa, já, ao contrário, muitas vezes, já se imaginando derrotado, muitos candidatos que estão atrás, passam a atacar, ofender e tentar a todo custo, desmoralizar seu concorrente direto, mesmo que de forma baixa e inverídica. Desta forma, o ato de não participar de um debate, torna-se uma espécie de “jogada de mestre” para fugir de uma “cilada inimiga”, armada pelo concorrente ao respectivo cargo.
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AS PROPOSTAS DO CANDIDATO QUE SE RECUSOU A PARTICIPAR DO DEBATE CHEGARAM TALVEZ A 99% DAS CASAS NO MUNICÍPIO.
Dezenas de milhares dos chamados “santinhos”, 20 mil exemplares de uma “revista”, e diuturnamente, tanto aquelas pessoas contratadas para trabalhar na campanha, como o próprio candidato Marcel Micheletto e a candidata a vice-prefeita Fran Micheletto vão às ruas, nas empresas, e visitam residências levando suas propostas. Ninguém pode reclamar de falta de conhecimento das propostas dos candidatos do Partido Liberal (PL).
Os reais motivos que fizeram com que o candidato Marcel Micheletto deixasse de participar desse debate que foi cancelado na data de hoje ainda não foram divulgados. Segundo uma nota postada em suas redes sociais, Micheletto irá explicar o porquê desta decisão na manhã do próximo sábado, 28. Até lá, o que possivelmente iremos ver é, de um lado, alguns falam em “arregar”, já do outro, muitos dizem que a decisão foi sábia e as proposta de seu candidato estão em toda a cidade, em forma das obras realizadas.
l: De qualquer forma, é preciso levar em conta que; participar ou não de um debate é pura e simplesmente uma escolha, não obrigação. ll: Em uma democracia, os direitos devem ser respeitados, mesmo que estes sejam contrários ao desejo de alguns.
Dia 6 de outubro está logo ali e, a verdade que muitos esperam e querem fazer parte também. Até lá, o que resta é refletir, refletir e refletir. Afinal, não são apenas quatro anos que estarão em jogo.
Foto/VÍDEO: Mauro Pretoriano/GC