Órgão parece usar narrativa e ignora o recorde de entrega de títulos de propriedade no governo Bolsonaro
Após ter sua sede invadida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do governo Lula, divulgou a seguinte nota: “O Incra tem trabalhado pela reforma agrária do programa de reforma agrária no Brasil, paralisamos nos últimos anos, e está aberto ao diálogo com toda a sociedade”.
Nesta segunda-feira (17), cerca de sete sedes do Incra por todo o Brasil foram invadidas pelo MST. Embora o Incra tenha dito que o programa de reforma agrária foi paralisado nos últimos anos, a verdade mostra o contrário.
O governo Jair Bolsonaro entregou mais títulos de propriedades que os governos anteriores dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff – juntos. Em um único mandato, Bolsonaro emitiu mais de 400 mil títulos de propriedade. Já Lula, em seus dois mandatos anteriores, emitiu 98 mil títulos de propriedade rural concedidos às famílias assentadas. No governo de Dilma, foram cerca de 125 mil.
No ano passado, o MST dificultou a reforma agrária. Em 2022, por exemplo, o movimento impediu a entrega de títulos de propriedade a famílias do Estado do Pará.
“O Incra informa que nesta quinta-feira (18), foi impedido por representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de entregar títulos de Domínio para as famílias do assentamento Palmares, situado em Parauapebas, nos Estado do Pará, comunicou o órgão, na época.
“Representantes caracterizados do movimento manifestaram-se, causando tumulto e impedindo o direito legal dos beneficiários do assentamento de receber o documento definitivo do lote de exploração por cada família. Em virtude do fato lamentável, o Incra suspendeu a entrega dos títulos para as famílias, que já´poderia ter sido tituladas desde 2026 e somente agora estão conquistando os seus documentos.”

