Nenhuma força humana é capaz de conter ou mesmo se livrar de pesadas punições, quando um representante eleito pelo povo é, de alguma forma ameaçado; quem paga para ver é normalmente punido de forma exemplar e com tamanho rigor que, por vezes, tais punições podem até mesmo fugir daquilo que é chamado de “Lei”.
Imaginar que uma eleição municipal seja algo restrito apenas aos candidatos e moradores locais, beira à inocência e a ignorância no sentido da falta de conhecimento. Naqueles locais onde existem a miníma possibilidade que atos de hostilidades sejam empregados durante a campanha, ou no dia da eleição e, após a definição dos eleitos, principalmente onde haja representantes do Estado envolvidos em alguma disputa, ali está, não apenas os olhos, mas a “mão” de Estado.
No entanto, a” mão’ a qual nos referimos está constante e diariamente envolvida com os municípios, uma delas são: a Polícia Militar, a Polícia Civil, ou algum outro órgão do Estado como o próprio Ministério Público Estadual. Instituições que existem para, entre outras razões, proteger os cidadãos de alguma injusta agressão
É preciso saber diferir entre um momento e outro, entre uma ação e outra, entre como procede o Estado diante de crimes contra qualquer indivíduo da população, e quando esse é cometido contra alguém que diretamente representa esse próprio Estado.
O momento é de campanha eleitoral e, em alguns municípios, uma certa turbulência começa a se mostrar cada vez mais evidente. Naturalmente, quando isso ocorre, o que se vê é uma ação direta e enérgica por parte do Estado visando coibir atos violência ou que algo mais grave que possa ocorrer com alguém..
Entretanto, quando o Estado toma conhecimento que algum de seus parlamentares está se sentindo ameaçado, seja por meio de conversas em redes sociais, rodas de amigos ou independentemente do modus operandi, aí a coisa pode tomar proporções inimagináveis, porém previsíveis.
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O que a história nos mostra ao longo dos anos é que, uma ação firme e direta por parte do Estado, seja por meio de ação policial ou da Justiça, nesse tipo de caso é sempre acompanhada do que podemos chamar de “rigor” da lei. A Justiça por sua vez, pode usar daquilo que dispõe em seus artigos e condenar alguém a uma pena máxima, por exemplo. E a Polícia? Primeiro é preciso entender qual é a sua função no Estado. È claro que, a primeira coisa que vem à cabeça é; proteger as pessoas de bem ok? Mas, quantas vezes vimos por meio de noticiários, a polícia salvando vidas de criminosos que por um ou outro motivo seriam executado pelo crime? Várias. Logo, podemos presumir que, a polícia existe para servir e proteger ok?
Isto posto, a pergunta que fica é; se até mesmo alguém envolvido com crimes, que teoricamente é contra a polícia, que está prestes a ser morto, a polícia o “protege” salvando a sua vida, o que pensar daqueles que assim, como ela, fazem parte do Estado, inclusive parlamentares?
Vale apena “bater” de frente com o Estado? Vale apena entrar na lista de alguém que a qualquer momento pode ser preso, ou quem sabe morto em confronto, devido à política? E o seu voto? Ele não faz diferença na urna, sendo que, ali é onde todos são iguais e o direito é de todos.
Aqueles que são observadores, possivelmente, em breve, quem sabe, irão notar que em várias cidades haverá várias pessoas desconhecidas, certamente, estes não estarão aqui e ali para brincadeira. A “Mão” do estado, como já dissemos, é pesada e, talvez, por conta das eleições, ela já esteja mais perto de nós do que podemos imaginar. A regra é: resiliência, sabedoria e civilidade… Pagar para ver, pode ser uma péssima escolha.
Foto: Ilustração