Clima de tristeza toma conta de parte da população, funcionários, proprietários e até mesmo quem iria começar a trabalhar em breve na unidade da ErimaX.
Um incêndio de grandes proporções atingiu na manhã desta segunda-feira, 23, uma das unidades da empresa ErimaX Indústria, responsável pela fabricação e comercialização de produtos hospitalares como ataduras e compressas cirúrgicas, que emprega cerca de 140 funcionários diretos, 80 deles, nesta unidade, gerando não apenas receitas ao município de Assis Chateaubriand, como também propiciando por meio do trabalho destes funcionários, uma melhor qualidade de vida a cerca de 140 família chateaubriandenses.
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O fogo, que, segundo algumas informações iniciou por volta das 7h:30 desta manhã, rapidamente tomou conta de toda a estrutura da empresa, consumindo 100% tanto da área de produção, onde havia materiais destinados à produção, altamente inflamáveis, quanto a área administrativa da empresa.
Uma cena que lembra um palco de guerra, onde a destruição se faz presente de forma total, chocante e avassaladora. O cheiro de materiais queimados, fumaça, ferros e estruturas metálicas retorcidas, cinzas e a imagem dos escombros caídos ao chão lembram cenas de filme, mas que, infelizmente, é real, e aconteceu tão perto de nós.
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Histórias de quem sonhava em fazer parte do quadro de funcionários da empresa
Falamos com uma moradora das proximidades de onde a empresa funcionava que, com a voz embargada e com os olhos marejados, nos disse que, uma amiga dela começaria a trabalhar nesta terça-feira 24, e, ela, no próximo dia 10 também iniciaria na empresa, ErimaX. Ao perguntarmos se ela havia gravado algum vídeo do momento do incêndio, a mesma respondeu que não, pois tomada por uma forte emoção não conseguia fazer mais nada além de chorar – a pessoas em questão também nos disse que, aquela amiga que amanhã estaria trabalhando na ErimaX havia ficado tão abalada que tinha se trancando em casa e não parava de chorar.
A tristeza e as incertezas sobre o futuro próximo
Em uma breve conversa com um dos funcionários da ErimaX, que desolado olhava o que restou dos escombros caídos ao chão. O trabalhador nos disse que não sabia o que pensar, como seria daqui para frente e faria caso perdesse o emprego de onde, segundo ele, tirava o sustento de sua família.
A dor da alma refletida no olhar; proprietário fala da luta, da tristeza e das possíveis dificuldades a serem enfrentadas
Em meio ao caos e os trabalhos do Corpo de Bombeiros, um jovem caminhava lentamente de um lado para o outro, olhava para cada metro quadrado daquele local destruído, como se procurasse algo que lhe desse uma pontinha de esperança, talvez não acreditando naquilo que estava vendo.
O jovem proprietário da empresa, por mais que tentasse se manter firme em suas palavras, aos poucos foi nos mostrando através dos sus olhos lacrimejantes o quão forte e duro foi o golpe que sofrera nesta manhã. Vendo o fruto do trabalho de cerca de 12 anos destruído pelas chamas, ele suspirou e nos disse que naquele momento não sabia muito o que dizer. Segundo ele, algumas novas máquinas que a empresa havia adquirido haviam sido consumidas pelo fogo, grandes investimentos feitos na empresa, tudo teria ido par água abaixo.
Ao argumentarmos sobre algum tipo de ajuda relacionada a administração pública, algo que claramente vem sendo demonstrado por esta gestão que sempre busca apoiar o empreendedor em Assis Chateaubriand por meio de parceirinhas entre a iniciativa público/privada, visando ajudar aqueles que geram receitas ao município, empregos e qualidade de vida ao cidadão chateaubriandense, ele disse que espera que sim e que, sem isso, as coisas serão muito mais difíceis daqui para frente. Já, em relação aos funcionários desta unidade que agora não tem mais seu local de trabalho, ele nos falou que, a situação agora exige reflexão, planejamento e investimentos para que tudo fique bem para todos os envolvidos direta e indiretamente neste triste acontecimento. Por fim, ele agradeceu a Deus pelo fato de que ninguém tenha sofrido ferimentos ou mesmo perdido a vida; segundo ele, caso alguém tivesse morrido por conta do sinistro, ele não teria forças para seguir em frente.
Fotos/Vídeo: Mauro Pretoriano/GC