Esse segundo grupo é composto por integrantes do efetivo de Curitiba e Região Metropolitana, Londrina e Foz do Iguaçu; a Força-Tarefa vai atuar no combate aos incêndios no Pantanal.
O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) está substituindo a equipe da Força-Tarefa de Resposta a Desastres que atua no combate aos incêndios no Pantanal. Na manhã desta quarta-feira (7), foram enviados para o Mato Grosso do Sul 12 novos bombeiros militares. Eles irão atuar na região por 10 dias. Em sentido inverso, a equipe que estava no Centro-Oeste desde 24 de julho começa a retornar nesta data ao Paraná.
Esse segundo grupo é composto por sete integrantes do efetivo de Curitiba e Região Metropolitana, além de quatro de Londrina e um de Foz do Iguaçu. O deslocamento foi feito por transporte aéreo. A mesma aeronave será utilizada para trazer de volta quem estava na linha de frente.
Em um primeiro momento, retornam os militares que residem na Grande Curitiba e parte do efetivo lotado no Interior – para isso, serão necessárias duas paradas para desembarques entre Corumbá e a capital paranaense. Na quinta-feira, outra aeronave irá buscar os integrantes do interior que permanecerem no estado vizinho e levá-los até Maringá.
“O papel da nossa equipe é tentar controlar os focos de incêndio para que eles não atinjam áreas de preservação ambiental; áreas onde há registros de fauna presente; residências; fazendas; plantações”, elencou o capitão Eduardo Hunzicker, responsável por liderar o segundo grupo enviado ao Mato Grosso do Sul.
ATUAÇÃO NO MS – Essas tarefas, no entanto, esbarram em uma série de desafios e obstáculos. Quem explica é o líder da equipe que volta para Curitiba no final desta quarta-feira, capitão Alexandre Mançano Cavalca. “São áreas com ventos fortes e vegetação seca, que produzem incêndios devastadores”, contou.
“Outra dificuldade imposta aos militares que atuam na região é a própria característica do bioma. Vegetação rústica, muito seca nesta época do ano. Tem muito espinho, áreas alagadas e com vegetação que dificulta a locomoção”, complementou o oficial.
“Além disso, há os riscos inerentes à fauna, como cobras venenosas e grandes felinos, como a onça. Restringimos a atuação em certos pontos, em certos horários, justamente pelo grande risco imposto pela fauna local”, relatou.
De acordo com o capitão Alexandre, o trabalho no Pantanal tem se destacado pela integração de diversas forças. Além do CBMPR e dos bombeiros do Mato Grosso do Sul, estão em ação ainda o Exército, a Força Aérea e a Marinha – inclusive com realização de planejamento conjunto. Além das incursões em terra, há apoio aéreo, com aviões despejando água em regiões de difícil acesso.
Apesar de todos os esforços, os incêndios no Pantanal já duram quatro meses, potencializados pela forte estiagem que assola a região. A pior temporada de fogo registrada desde 1951 já destruiu mais de 1,2 milhão de hectares do bioma pantaneiro. Os principais focos se concentram na região de Corumbá (MS), mas também atingem outras localidades, como Aquidauana, Miranda, Ladário, Porto d
FORÇA-TAREFA – A Força-Tarefa de Resposta a Desastres do CBMPR é treinada para atuar em diversos tipos de ocorrência. Neste ano, já esteve presente no Rio Grande do Sul, durante a enchente que causou o maior desastre natural daquele estado. Em território gaúcho seis equipes se revezaram durante 52 dias, realizando ações de salvamento, busca e resgate, ajuda comunitária, transporte de militares, médicos e doações, entre outras.
Fotos: Geraldo Bubniak – Fonte: AEN