A missão já dura vários dias e envolve não só o condicionamento físico, como também a parte psicológica de cada combatente.
Em meio a uma série de transtornos causados por invasões de terras, a rotina de muitas pessoas durante esse período em que ocorre esse tipo de ação faz com que haja uma mudança na rotina de muitos, direta e indiretamente envolvidos no evento.
No entanto, algo que quase sempre passa desapercebido para muitos, é que, há dias, equipes da ROTAM, da Patrulha Rural e da ROCAM da Polícia Militar do Paraná, além da Força Nacional estão de prontidão e apostos, garantido a segurança e a manutenção da lei e da ordem no local, visando a não ocorrência de confrontos.
São dias e noites a fio, nos quais eles enfrentaram a forte onda de frio que dias atrás atingiu a região, e agora, o calor que ocorre durante o dia. Fardados, revestidos por coletes balísticos, coturnos nos pés e segurando armas que, após alguns minutos, tendem a ficar cada vez mais pesadas. Além disso, tudo, tem ainda a situação de que, por horas, a postura ereta e atenta mantida durante horas, dificulta ainda mais e exige muito da parte física destes policiais. Dormir à noite em uma missão como esta? Jamais!. Banho? Só quando volta para casa ou seus batalhões de origem. Alimentação? Pode não faltar, mas não é com a mesma frequência habitual, afinal, em meio a uma roça de milho, convenhamos, não existe uma ‘vendinha” onde se possa conseguir ao menos um cafezinho na hora que se quer, e nem nunca. Por mais que estes bravos combatentes sejam preparados, física e psicologicamente, o cansaço é algo inerente a todo e qualquer ser humano e é algo que acumula.
Mesmo que, aparentemente, o local não esteja sendo um ambiente tomado por hostilidades e tensão exacerbada, a incerteza de quando, ou mesmo se a missão irá se encerrar em breve, ou arrastar-se por um período prologado, acaba sobrecarregando ainda mais estes policiais. O manter-se em estado de atenção por longos períodos também contribui e acaba por desgastar não só a parte física, mas também a psicológica. Some-se a isso, o sair da rotina como já descrito, além da distância de casa e da família. Juntando tudo, produz-se o ônus de uma sobrecarga fortíssima sobre cada um deles.
Críticas? Não! Todos merecem o reconhecimento por parte da população. Afinal, por trás de cada farda, existe um ser humano muito parecido com cada um de nós em quase tudo, diferenciados talvez, apenas pela enorme bravura e dedicação a servir e proteger até mesmo aqueles que são os causadores do problema.