O sócio da empresa, o empresário Arthur Washeck Neto, conhecido por ter sido preso em 2007 no escândalo de licitações dos Correios que culminou no Mensalão; o EB identificou a tentativa de fraude no pregão para a compra de camas, mochilas, óculos, barracas, coldres e outros itens, com o valor estimado em R$ 218 milhões.
A empresa que estava prestes a ganhar contrato no valor de R$ 58 milhões pertence a um empresário suspeito de integrar um esquema que utiliza “laranjas” para obter contratos milionários com o Exército Brasileiro. Tal esquema já havia sido revelado pelo Metrópoles em dezembro de 2023 e atualmente segue sob investigação do Ministério Público Militar (MPM).
A empresa MR Confecção e Representação LTDA, localizada em uma sala comercial na Asa Sul, em Brasília, com capital de R$ 100 mil, ficou em primeiro lugar em 13 dos 36 lotes do edital, totalizando R$ 58 milhões.
O atestado de capacidade técnica da MR Confecção foi fornecido pela Comercial Maragatos, também de Brasília. Ocorre que tanto a MR Confecção quanto a Comercial Maragatos têm um único sócio: o empresário Arthur Washeck Neto, conhecido por ter sido preso em 2007 no escândalo de licitações dos Correios que culminou no Mensalão.
A denúncia da fraude foi feita por um concorrente, após a MR Confecção ter sido habilitada e se classificado em primeiro lugar em diversos itens da licitação. Os pregoeiros do Exército destacaram que o edital proibia “atestados de capacidade técnica emitidos por empresas que pertençam ao mesmo grupo econômico ou que possuam sócios em comum”.
Foto: EB – Fonte: O Republicano