Nada do que foi anunciado até o momento pelo governo federal representa algum tipo de benefício para um dos municípios mais atingidos pela tragédia no Rio Grande do Sul.
Quem diz isso é o próprio prefeito Jairo Jorge, filiado ao PSB, mas com estreita ligação com o petismo, e com Luiz Inácio Lula da Silva. Inclusive, já pertenceu ao PT de 1984 a 2016 e, ao sair do partido, disse: “Não vou trocar de lado. Vou continuar na esquerda”.
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“São medidas que não nos atingem, que não nos dão nenhuma salvaguarda ou não nos garantem a continuidade dos serviços”, afirma o prefeito.
Jairo Jorge ainda sugeriu a adoção do auxílio emergencial, que, como todos sabem, ajudou milhões de brasileiros durante a crise da pandemia de coronavírus, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Trecho da carta de despedida de Jairo Jorge ao deixar o PT, em 2016:
Filiado ao PT desde 1984, disputei sete eleições pelo PT, sendo a primeira em 15 de novembro de 1985, como prefeito de Canoas, há exatos 31 anos, quando fui o candidato mais jovem de todo o Brasil. Também concorri a deputado estadual em 1986. Em 1988, elegi-me vereador em Canoas com 3.147 votos, sendo o mais votado da cidade e de todo o interior do Estado pelo partido (PT). Em 1990 e 2006, novamente concorri a deputado estadual, escreveu Jairo Jorge, em 16 de novembro de 2016. (Fonte: Sul 21).
O momento é de ajudar as vítimas do Rio Grande do Sul. Independente do partido, viés político ou militância. No entanto, a pergunta que paira na mente de muita gente é: se nem mesmo locais onde o município tem à frente de sua gestão, prefeitos de esquerda e com ligação com o presidente Lula estão tendo a ajuda necessária para o enfrentamento desta tragédia. O que podem esperar aqueles prefeitos que são declarados contrários ao governo petista?
Foto: Reprodução – Vídeo: Claudio Dantas