O Brasil deve muito ao Rio Grande do Sul, a hora, então, é de retribuir, pelear juntos, lado a lado desse bravo povo, dividir com ele esse problema que também é nosso, de ajudar e cobramos ajuda necessária para a sua reconstrução.
Sozinho, o Rio Grande do Sul é o responsável por cerca de 68,5% do arroz produzido no Brasil. (7,24 milhões de toneladas) dados do último levantamento. Além do cereal indispensável na mesa da grande maioria dos brasileiros, ele é integrante da dupla mais famosa do país, o “arroz e o feijão”.
Os gaúchos ainda produzem soja em 435 municípios (e chegou a 12,71 milhões de toneladas na safra 2022/2023), milho (3,95 milhões de toneladas) 35% menor que o esperado devido à estiagem, trigo, leite(mais de 4 bilhões de litros), frango (em 2022 vendeu a carne para 131 países), bovinos (cerca de 10,08 milhões de cabeças), suínos(1,05 milhão de toneladas em 2022), fruticultura (53% da produção nacional com 907 mil toneladas em 2022), tabaco (290 mil toneladas) e maior exportador do Brasil, ainda produz vinho, queijos e outros.
É inegável a importância do Rio Grande do Sul e de seu povo que produz, na vida da grande e esmagadora maioria dos brasileiros. Então, que o governo federal, ao menos dessa vez, faça a sua parte e libere as verbas necessárias para que se resolvam os problemas causados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, e o seu povo volte a ser o que sempre foi; um dos pilares de sustentação mais importantes desse país.
Desde o dia 29 de abril, as enchentes começaram no Rio Grande do Sul e já afetaram 1,4 milhão de pessoas em todo o estado. Destes, 48 mil pessoas estão em abrigos, enquanto 159 mil estão desalojadas e se abrigando em casas de familiares ou amigos. Dos 497 municípios gaúchos, 417 foram atingidos pelas chuvas.
O número de mortos devido à enchente no Rio Grande do Sul chegou a 100, conforme o boletim divulgado pela Defesa Civil. Existem ainda 128 desaparecidos e 372 feridos – quatro mortes estão sob investigação para verificar se estão relacionadas às chuvas. O estado enfrenta problemas de infraestrutura, com mais de 200 mil pessoas sem energia elétrica.
Por Mauro Pretoriano/Gazeta Chateaubriandense
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