“Senti que tinha que fazer alguma coisa”, disse o herói
Segunda-feira, 19 de junho de 2023, um rapaz, de 21 anos, identificado como Marcos Vinícius, portando arma de fogo, entra em um colégio em Cambé, norte do Paraná e começa efetuar disparos. Dois jovens são atingidos, o casal de namorados Karoline Verri Alves, de 17, e Luan Augusto de 16 anos. Ela vai a óbito ainda no local, ele, morreu na madrugada desta terça-feira (20), em um hospital de Londrina.
Perto dali, em uma clínica de fisioterapia, um homem chegava para trabalhar; Joel de Oliveira, de 62 anos, não imaginava o que vida lhe reservava naquela manhã de segunda-feira.
Ao ouvir barulho de tiros, vindos da direção do colégio e, sem se preocupar com o risco que correria, saiu correndo em disparada e entrou no estabelecimento, dando de cara com o jovem armado, que efetuava disparos, identificando-se como policial, sessou a ação do atirado e o imobilizou com o pé até a chegada de policiais.
“Eu escutei os tiros e me dirigi até o colégio. Chegando aqui no portão do Kolody, eu ouvi o tiro lá de dentro, eu entrei ali e vi o que podia fazer pra salvar as crianças, porque estava todo mundo correndo, ai senti que tinha que fazer alguma coisa”, disse em entrevista à RPC.
Logo que entrou na escola, Joel se deparou com o rapaz atirando contra uma vidraça. Quando se ficou frente a frente com o atirador em um corredor, o prestador de serviços fingiu ser policial, para intimidar o agressor.
Funcionários da escola agradeceram Joel
“Elas falaram que fui guiado por Deus, me agradeceram muito porque a tragédia podia ser maior, né? O rapaz estava com muita munição, em qualquer momento, atirar em todo mundo ali. Disseram que fui corajoso, que Deus me guiou”, contou.
Fonte: RPC/Imagens/Londrina News Notícias/Paulo Rafael Gonçalves