Campo está preparado para ‘guerra” contra invasores de terras.
Bastou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir a presidência pela terceira vez, para que as invasões de terras voltassem a acontecer de forma volumosa e uma tanto desenfreada.
Na Bahia, por exemplo, é o estado onde se concentra a maio parte das 35 invasões realizadas de janeiro a abril de 2023. Produtores ruaria do estado se dizem cansados de esperar apoio por parte do Governo Federal, ou mesmo da polícia. Por isso, eles se juntaram para monitorar as terras agrícolas e evitar que os invasores tomem conta do local. São pelo meno 10 mil produtores que estão unidos no movimento denominado de ‘Invasão Zero’, o qual foi criado durante o chamado ‘Abril Vermelho’, do MST.
O movimento diz não contar com armas, mas sim, com um grande contingente de pessoas, a ideia é ter 10 vezes mais integrantes do que o número de invasores, caso seja necessário, para retirá-los, na marra, de alguma propriedade invadida.
Os ruralistas são lideras pelo fazendeiro, Luiz Uaquim, que atua na região de Ilhéus. Ele disse que resolveu criar o grupo, após o MST invadir 16 áreas em apenas três meses de governo Lula.Todas elas na Bahia.
“Nos deparamos com situações em que 20 a 30 pessoas chegavam querendo invadir uma propriedade onde estavam apenas duas pessoas. Chamávamos a polícia e ela não vinha. Buscávamos apoio no governo do estado e seguíamos sem retorno. Então, resolvemos nos organizar”, explicou.
Formado por 16 núcleos, o grupo é altamente unificado, que se agregam de forma a dar apoio ao mais próximo; a fim de que o socorro chegue rápido.
“Qualquer movimentação diferente perto das propriedades, nós ficamos sabendo. Se identificarmos alguma ameaça, nos mobilizamos, avisamos a polícia e vamos até o local. Mas tudo é pacífico, não existem armas, nós fazemos pressão e pedimos que os invasores se retirem. Agora, se eles são 50, nós somos 500”, afirmou Uaquim.
Uaquim conta que, em uma das ocasiões, um casal produtor de cacau ligou para o grupo pedindo ajuda; a propriedade de 23 hectares havia sido invadida e a polícia não ia ao local.
“A esposa pediu que se afastassem, mas quando nós chegamos, eles estavam lá. E eles dizem que não invadem fazenda abaixo de 70 hectares. A gente chegou, foi cercando e dizendo ‘sai,sai,bora vai saindo por favor, isso aqui não é seu’. Eu fui na polícia antes e o major disse que não ia lá. É uma coisa tão absurda que você chega a imaginar que estamos num estado de exceção, não num estado democrático de direito”, lamentou, citando a inércia e o descaso do governador da Bahia, Jerônimo de Souza (PT).
O fazendeiro ainda questionou:
“Por que o governador da Bahia, Jerônimo de Souza (PT) é omisso? Num momentos desses, tão tenso que está acontecendo na Bahia. A troco de que?
Não existe uma ideia de quando o grupo será desfeito, tendo em vista que o atual presidente da República, ainda no início de seu governo afirmou que o MST teria um papel de ‘protagonismo’ em sua gesta.
Foto: Reprodução/Internet