Autoridades do país vizinho realizaram a apreensão em Luque, cidade que fica a 15 quilômetros da Capital, Assusnción.
Um trabalho de inteligência realizado pela Polícia Nacional em conjunto com a Unidade Interinstitucional para Prevenção, Combate e Repressão ao Contrabando e o Ministério Público constatou que a carne de cavalo apreendida em alguns talhos de Luque, eram distribuídas em lomiterias (local que faz lanches), restaurantes e bares de churrascos.
O comissário Nelson Vera, chefe do Departamento Central contra Crimes Econômicos e Financeiros contra o Contrabando, explicou que por mais de um mês realizaram tarefas investigativas sobre o assunto a partir de denúncias por ocasião de concorrência desleal.
Cinco talhos (açougues) foram invadidos nesta sexta-feira, que supostamente se passavam por carne de da vaca.
Vera mencionou que até agora foram apreendidos 6.000 kg de carne possivelmente equina, vendidos pela metade do preço da carne bovina. O procurados Eugenio Ocampos, que liderou os procedimentos, afirmou em entrevista à NPY que o Departamento Central “está a abastecido” do produto apreendido.
De acordo com Ocampos, foi detectado que 30.000 a 35.000 quilos são comercializados por dia.
Agora, toda a carne apreendida será transferida para o prédio do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), onde terá que ser examinada através de estudos científicos quais são os tipos de carne apreendida.
Ainda, de acordo com a pesquisa, trata-se de carnes que chegavam em veículos refrigerados a um certo ponto entre meia noite e a madrugada, e quando amanhecia, passavam e recolhiam em sacos, por veículos de luxo, que distribuíam a carne para outros pontos.
Nas intervenções desta sexta-feira, nenhum açougue apresentou notas sobre seus produtos, garantiu o comissário Nelson Vera.
Como não há nenhuma documental equivalente a um produto de contrabando, enfatizou.
“Porque eles não podem justificar”, sublinhou. Luque registrou no passado denúncias contra matadouros clandestinos que dedicavam ao abate cavalos e até burros.
Fonte: CSRN