Como é de costume, Lula (PT) havia preparado uma encenação para o seu primeiro encontro com líderes de outros países latino-americanos, mas ela foi rigorosamente destruída pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
Ele estragou a festa da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e escancarou a primeira derrota diplomática do governo Lula.
Já na terça-feira (24), em Buenos Aires, na Argentina, o Encontro estava caminhando para ser um palanque político em defesa das autocracias da América Latina, com o presidente Lula puxando o coro de que é preciso tratar as ditaduras de Cuba e Venezuela com “carinho”.
O MANDATÁRIO DO URUGUAIO DETONOU:
“Fala-se em respeito à democracia, às instituições e aos direitos humanos no documento conjunto assinado pelos membros deste bloco. Mas há países aqui que não respeitam a democracia, as instituições e os direitos humanos”.
E PROSSEGUIU:
“Devemos dar pequenos passos, mas em uma mesma direção. E não fazer grandes discursos, que nos congelam sob os conceitos de solidariedade e outros muito bonitos, mas que às vezes não podem ser colocados em prática”.
“O Uruguaio, claramente apresentou-se como a antítese de Lula. Pelo jeito, a ideia do petista era que a cúpula da Celac evidenciasse a disputa da esquerda ‘democrática’ e a extrema-direita ‘genocida’, representada pelo seu antecessor Jair Bolsonaro. Lula pediu o fim das restrições comerciais contra Cuba e Venezuela e pediu desculpas pelas “grosserias” de Bolsonaro aos argentinos. Lacalle Pou botou as coisa em outro eixo: dividindo a região entre a direita moderada e a esquerda totalitária.
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