Ele está entre nove acusados da morte de três policiais. FIFPro, sindicato de jogadores profissionais, se diz “chocado” com sentença
Amir Nasr-Azadani, jogador profissional, foi acusado de traição no Irã e condenado à morte após se envolver em manifestação em favor das mulheres. O evento contestava a morte de Mahsa Amini e terminou na morte de três policiais, segundo notícia do GE.
Azadani está entre nove acusados da morte dos oficiais no evento, que aconteceu no dia 25 de novembro. Ele é acusado, também, de participar de um grupo “armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irã”.
Personalidades do futebol árabe se posicionaram pedindo a liberação do atleta, incluindo o ex-jogador do Bayer de Munique e da seleção iraniana Ali Karini. O FIFPro, sindicato dos jogadores profissionais de futebol, emitiu um comunicado em que se diz “chocado” com as notícias e exige a anulação da sentença.
Desde 2009, o Irã vive nesse momento, a maior onda de protestos> milhares de pessoas pelas ruas pelos direitos das mulheres iranianas. O estopim foi a prisão e morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos.
Mahsa foi detida na capital Teerã após violar as regras iranianas sobre o uso de hijab, o lenço tipicamente islâmico que cobre a cabeça das mulheres. A polícia afirma que ela sofreu um infarto e não resistiu, porém, há denúncias que Mahsa teria sido atingida propositalmente na cabeça por um cassetete. Imagens da jovem foram divulgadas e revoltaram a população. A jovem ficou em coma, mas não resistiu.
O primeiro grande protesto aconteceu após o funeral de Mahsa, na cidade de Saqqez, no oeste do Irã. No protesto, as mulheres assumiram e ainda assumem grande protagonismo. Muitas andam com a cabeça descoberta, assim como Mahsa.