O visionário que, foi chamado de “louco” mais uma vez prova que estava certo, e imponente obra eleva ainda mais o patamar desta gigante do agronegócio.
A C. Vale – Cooperativa Agroindustrial completa neste dia, 7 de novembro de 2023, 60 anos de história. Como descrito em um dos slogans usados pela instituição: “prosperar é a razão da nossa existência”, não só traduz, em poucos palavras, a trajetória da empresa, como também, de seus associados, colaboradores, fornecedores e parceiros.
A solenidade de inauguração reuniu 6 mil convidados em Palotina, no Oeste do estado, e contou com a presença do governador do Paraná, Ratinho Junior, além do grande número de políticos, entre eles, o deputado estadual Marcel Micheletto, representantes de entidades, instituições financeiras, fornecedores e clientes do Brasil e do exterior, além de associados – a data também foi comemorada com m grande show do cantor Daniel.
Ao longo destes 60 anos, a C. Vale vem investindo em pesquisas, tecnologia, equipamentos, infraestrutura, e na qualificação profissional de seus colaboradores.
Viagens ao exterior, especialmente à Europa, foram feitas, com o intuito de buscar o que de mais avançado havia naquele momento no velho mundo, aprendizado, conhecimento e tecnologia que, algum tempo depois, viriam agregar novos métodos, formas e técnicas, que aqui seriam aplicadas no desenvolvimento agroindustrial da cooperativa.
Dois anos após seu início, em novembro de 2021, as obras da esmagadora de soja estão sendo concluídas, a qual, ocupa 12 hectares no parque industrial da cooperativa, tendo, no pico dos trabalhos, 35 empresas e 1.100 operários trabalhando – o montante investido na obra é de R$ 1 bilhão.
A C. Vale Cooperativa Agroindustrial conta hoje com 27 mil associados espalhados em vários estados do Brasil e no Paraguai. O seu quadro de funcionários, atualmente é composto por 13 mil trabalhadores. Ou seja, são milhares de colaboradores, inclusive, vindos de outros estados e países que, buscavam oportunidade de trabalho e que, na C. Vale, através de milhares de vagas de emprego, puderam realizar o sonho de uma vida com mais dignidade e prosperidade, onde, por meio da remuneração obtida pelo laboro exercido na cooperativa, sustentam a si e a seus familiares que, além disso, também foram inseridos em uma parcela da população que produz, que conquistam a cada dia, através do seu trabalho, a sua independência, não só financeira, como também, no que se refere a alto-estima, já que, em sua grande maioria, estes trabalhadores viam distante, os sonhos que hoje, muitos deles realizam, pois a C. Vale, não apenas abre portas para quem quer trabalhar, mas sim, incentiva e dá o suporte necessário para o crescimento de seus funcionários.
SONHO DOS PRIMEIROS ASSOCIADOS
O presidente da cooperativa diz que o empreendimento é um sonho dos primeiros associados. “Eles queriam uma esmagadora de soja, seria pequena na época. A indústria que vamos colocar em operação é grande, tem capacidade para 60 mil sacas por dia, a terceira maior do Brasil e a primeira em nível tecnológico”, afirma. A esmagadora vai produzir farelo e óleo de soja para fabricação de rações pela C. Vale.
NÚMEROS DA ESMAGADORA
Investimentos : R$ 1 bilhão – Estacionamento: 240 carretas – Armazenagem de soja: 4 milhões/sacas – Armazenagem farelo: 68 mil toneladas – Tecnologia: Alemanha, Bélgica, Canadá e Suíça – Capacidade: 60 mil sacas/dia – Empregos: 580 (diretos e indiretos).
O PELÉ DAS COOPERATIVAS
Edson Arantes do Nascimento, ou Pelé, o ‘Rei do futebol’ (in memoriam) ganhador de três copas do mundo pelo Brasil, não jogava sozinho, teve ao seu lado dentro de campo vários craques, no entanto, ele foi o melhor.
Nestes seus 60 anos, a C. Vale, com certeza, pode contar com a colaboração e gestores considerados ‘craques’ e outros tantos, acima da média no que faziam, porém, seu, camisa 10, atende pelo nome de Alfredo Lang-com o devido respeito, nos referimos a ele aqui, como, o “Pelé” das cooperativas – não temos dúvidas que, aqueles que conhecem sua história de sucesso nestas quase cinco décadas de trabalho, dedicação, aprendizado, busca e disseminação do conhecimento, criação de oportunidades, e o empenho deste homem em prol da C. Vale, e a tudo aquilo que engloba essa gigante do agroindústria, não irão discordar por assim o chamarmos.
Na tarde desta segunda-feira, 6, estivemos visitando a propriedade de tradicionais agricultores chateaubriandenses, onde, sentados à mesa, ao lado de uma chamativa piscina, na área de lazer da família, falamos sobre diversos assuntos, entre estes, a inauguração do esmagador de soja que seria inaugurado neste dia, 7.
Como não podia ser diferente, o nome do presidente da C. Vale Agroindustrial, Alfredo Lang, logo, veio a tona, e ganhou destaque na conversa.
Junto do casal de agricultores, estavam o filho, de 7 anos, e o avô do menino, por parte de pai, um dos primeiros associados da C. Vale.
O SONHO COLOCADO EM UM PAPEL.
Conforme nos foi descrito, o ano era por volta de 1994/1995, a cooperativa não vivia uma de suas melhores fases, e em meio ao que podemos chamar de um difícil momento, no qual, 798 funcionários e 6. 100 associados compunham em seus quadros, um agrônomo da empresa foi chamado e, a ele foi dada uma missão; modernizar a empresa.
Com papel e caneta nas mãos, o então jovem profissional foi dando vida ao seu audacioso projeto, o qual, fez com que, muitos associados na época o chamassem de louco. Mas ele bancou, firmou o pé em seu propósito e fez uso dos três fundamentos que sempre lhe acompanharam naquilo que se propunha a fazer; fé, talento e persistência.
“Naquela época, o Lang era um agrônomo da cooperativa, então ele foi chamado, e a direção da C. Vale deu a ele uma missão, que era modernizar a empresa. Lang aceitou, assumiu o cargo de presidente, começou a criar um projeto, e quando mostrou aos associados, a maioria dos cerca de 6000 deles, não acreditando na ideia, deixaram de ser sócios, inclusive, alguns diziam que ele era louco. Foi então pedido, ao recém-empossado presidente, que ele abortasse aquela ideia, o que ele (Lang), rechaçou de imediato dizendo: quem quiser sair, que saia. Queremos aqui quem acredita cooperativa, no nosso projeto, e com quem podemos contar”, disse o filho de um dos primeiros associados C. Vale que, até hoje, faz parte do seleto grupo que contabiliza 27 mil associados.
Nascido em Candelária, no Rio Grande do Sul, Alfredo Lang formou-se em agronomia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Começou a trabalhar na C. Vale em 1976, assumindo a presidência da cooperativa 19 anos depois, em 1995. São 47 anos de C. Vale, onde está no comando há 28 anos.
“Lang sempre foi um homem a frente do seu tempo. Ele é capaz de imaginar o que irá acontecer daqui há 30 anos, de colocar em um pedaço de papel a suas ideias, e de repente chega o dia em que aquilo que ele pensou em fazer lá atrás, começa a ser executado, e quando a gente olha, o seu projetou está ali, virando uma realidade”, explicou o agricultor.
Parabéns a C. Vale, 60 anos gerando oportunidade, produzindo riquezas e ajudando a sustentar o Paraná, o Brasil e o mundo através de seus produtos.
Fotos: Reproduções